"... O preconceito ainda existe, mas aos poucos vai sendo vencido. “As pessoas respeitam mais, como cidadãos. Agora, queremos ser respeitados mais como religião. Os artistas, como Clara Nunes, que particularmente se abriu para canais de TV dizendo que era de religião de matriz africana, deu sensibilidade maior, de a gente se sentir mais acolhido dentro da sociedade. Quando viemos da África, trouxemos também nossa religião e queremos poder dizer que Xangô é Xangô, Iemanjá é Iemanjá”, comentou o babalorixá Ivo de Xambá.
O sincretismo religioso, então, aparece como uma forma de continuar cultuando as suas divindades. “Nesse sentido, aqui presenciamos a resistência através do sincretismo. Ou seja, os orixás, elementos da natureza, se apresentam em especial por trás dos santos católicos”, destacou Fábio Medeiros.
O Brasil é um estado laico, o que significa que os brasileiros podem escolher a religião que pretendem praticar sem retaliações, perseguições ou preconceito. Para que crenças completamente diferentes convivam em um mesmo país, cidade ou bairro em paz, o melhor caminho é o conhecimento. “Como fé é diferente, mas também busca ideias que todo ser humano busca em especial na construção de vida, que é a felicidade, o bem comum”, finalizou o professor."
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